quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

João Pereira em entrevista ao jornal espanhol "Marca"


Havia quem desconfia-se de João Pereira (Lisboa, 1984), que deu o salto no futebol português com 28 anos. O lateral direito admite que custou a adaptar-se à liga, mas está se revelando como uma das melhores contratações para o futebol e por o que faz pela equipa.


Parece-se com algo o dérbi valenciano com o dérbi lisboeta?
“O dérbi de lisboa é muito forte, porque o Sporting e o Benfica lutam para o título, são dois grandes de Portugal. O estádio está sempre cheio e havia uma batalha incrível. Havia sempre uma equipa melhor do que a outra em algum momento, os resultados são sempre imprevisíveis.”
O dérbi valenciano é mais “light”?
“Não posso dizer muito, porque só joguei um. O estádio estava cheio e nós perdemos. Por as declarações dos jogadores do Levante antes do encontro dei conta de que é muito importante na cidade. Porque diziam que era o jogo mais importante da temporada e estava um pouco impressionado porque a temporada tinha acabado de começar. Para nós todos os jogos são importantes. Lutamos para ir a Champions e temos que ganhar todos os jogos.”
O Levante estava melhor naquele tempo que o Valencia, embora em um dérbi, os estados de forma estão para segundo plano.
“Começamos mal a temporada e perdemos pontos que não esperávamos. Agora estamos melhorando, mas esperamos estar no final da época pelo menos em quarto lugar para se classificarmos para a Champions. O Levante está fazendo uma boa época e também Europe League. “
Desde antes de assinar pelo Valencia disse que queria jogar na Liga Espanhola, é como esperava?
“Com muito mais ritmo do que esperava. Não foi fácil adaptar-me à equipa. Jogar domingo, quarta feira, domingo com a intensidade que se joga na liga espanhola é muito difícil. Em Portugal não é assim porque os grandes controlam os jogos muito melhor.”
Que jogador lhe deu mais guerra?
“Iniesta, em ambos os jogos. Tu queres-lhe tirar a bola e parece que não chegas. Há mais extremos rápidos. Contra o Betis também passei isso.”
As baixas afetam o coração da defesa.
“Quando se treina aspetos táticos tens que saber o que fazem os teus companheiros, mesmo que não joguem na mesma posição. Quando os jogadores estão atentos sabem o que tem que fazer noutras posições.”
Se Martins não joga, é melhor para o Valencia?
“Martins é um goleador do Levante, é rápido e muito forte, mas certamente que outro quer fazer melhor que Martins.”
Como alteraram tantas coisas com Valverde?
“Há uma filosofia de jogo diferente, de treino diferente e melhoramos com a mudança de treinador. Nós também não gostávamos do que estávamos fazendo. Nós alteramos a tendência e agora estamos mais perto da Champions.”
Em Portugal crucificaram-no em cartões, aqui é bastante contido.
“Em Portugal estava assinalado e os árbitros castigavam-me. À mínima coisa que fazia era logo cartão amarelo. Um pouco era culpa minha porque sou muito temperamental. Mas os árbitros falavam entre si e assinalaram-me. Aqui vi cinco cartões amarelos e na Champions não vi nenhum. E sou o mesmo aqui que no meu país.”

(marca.com)



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