terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Valencia CF 1-2 Paris Saint-Germain


O PSG mostrou em pleno Mestalla que está na Liga dos Campeões para chegar longe. Estava a vencer por 2-0 e quase tinha sentenciado a eliminatória com o Valência, quando Rami reduziu sobre o fim na sequência de uma bola parada e Ibrahimovic foi expulso por uma enorme infantilidade.
O sueco entrou duro sobre Guardado, viu o vermelho direto e falha o jogo da segunda mão. Não é o único: Verrati (que grande jogo!) também cumpre castigo por acumulação de amarelos. Estes factos, no entanto, não parecem ser suficientes para retirar um claro favoritismo à formação francesa.
O PSG encheu o Mestalla de uma forma que o resultado não mostra. A formação de Carlo Ancelotti fez muito mais do que os dois golos que o resultado guardará para a história: ficou muito perto de construir uma goleada em Espanha. Teve pelo menos futebol e sobretudo oportunidades para isso.
Chegou aliás a fazer o terceiro o golo, por Chântome, que foi anulado por um fora de jogo que deixou dúvidas: a bola parece vir de João Pereira e não de Ibrahimovic. Polémicas à parte, sobrou uma noite fantástica da formação francesa. Defendeu bem, teve rapidez e deliciou quem viu o jogo.
Com uma frente de ataque alargada na qual o brasileiro Lucas surgia pela direita, Ibrahimovic e Lavezzi ficavam no meio e Pastore viajava entre a esquerda e o centro, o PSG tinha velocidade, dinâmica e imaginação. Por isso de cada vez que saía para o ataque construía jogadas de perigo.
Inaugurou o marcador logo aos dez minutos, numa excelente combinação entre Lavezzi e Pastore que o primeiro finalizou dentro da área, e estabeleceu o resultado final aos 43 minutos, num golo de Pastore após uma jogada brilhante de Lucas na direita, que sentou Guardado e cruzou para o remate.
Os portugueses João Pereira e Ricardo Costa foram titulares, no Valência, e pouco puderam fazer para contrariar o bom jogo do PSG: o primeiro tentou subir no flanco mas os cruzamentos que tirou criaram pouco perigo, o segundo pareceu, como aliás toda a gente, perdido na avalanche contrária.
O brasileiro Lucas estreou-se na Liga dos Campeões, aos vinte anos, e foi um dos destaques: no Valência ninguém conseguia segurar a velocidade do extremo, que criou várias jogadas de perigo. Numa delas correu mais de quarenta metros e rematou para excelente defesa de Guaita. Brilhante.
No entanto é impossível falar do PSG sem realçar a dupla de trincos: Verratti e Matuidi seguram sozinhos o meio campo. Tanto assim que o Valência teve sempre mais bola mas raramente criou perigo: um remate de Guardado e uma finalização de Valdés foi quase tudo o que fez antes do golo.
Mesmo quando o Valência, após uma primeira parte terrível, surgiu na segunda parte mais afoito, o PSG reagiu bem: Ancelotti tirou Lucas, meteu Chântome e reequilibrou as forças. O Valência chegou ao golo numa bola parada, já nos descontos, e foi tudo o conseguiu. Mesmo assim é curto.


Ficha de jogo:

VALENCIA: Guaita;João Pereira, Rami, Ricardo Costa e Guardado; Banega (Canales, 46m) e Tino Costa; Feghouli (Viera, 84m), Parejo e Jonas (Valdez, 46m); Soldado.
Suplentes não utilizados: Diego Alves, Victor Ruiz, Albelda e Piatti.
PSG: Sirigu; Jallet, Sakho, Alex e Maxwell; Verratti e Matuidi; Lucas (Chântome, 53m), Lavezzi (Menez, 76m) , Ibrahimovic e Pastore (Armand, 87m).
Suplentes não utilizados: Douchez, Van der Wiel, Camara e Kevin Gameiro.
Golos: Lavezzi (10m), Pastore (43m) e Rami (90m).
(Mais Futebol)



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