O Sporting venceu o Zurique por 2-0 e garantiu o primeiro lugar no Grupo D da Liga Europa, cumprindo afinal o principal objetivo. A exibição foi segura, diante de uma equipa muito fraca, que não criou uma única ocasião de golo e que durante largos períodos quase não passou do meio-campo.
Devido às oito ausências, entre lesionados e jogadores não inscritos, foi um onze inicial muito diferente do habitual. André Martins foi titular pela primeira vez, enquanto Bojinov também alinhou de início, como extremo (alternou entre a direita e a esquerda). De forma surpreendente, Carriço continuou a ser titular na posição de médio defensivo, com André Santos no banco. Decididamente, Domingos Paciência não morre de amores por este último...
Cedo se percebeu quem mandava. O leão encostou o frágil adversário às cordas e foi criando sucessivas oportunidades de golo, com quatro jogadores em plano de destaque: André Martins (o melhor em campo) a mexer os cordelinhos, com passes a rasgar bem medidos; Capel e João Pereira a desequilibrarem pelas alas e Van Wolfswinkel muito ativo na frente.
O primeiro golo surgiu logo aos 15 minutos e foi 100 por cento holandês: belo passe de Schaars e Van Wolfswinkel a marcar com grande classe, depois de dominar de forma perfeita e atirar a contar sem hipóteses para o guarda-redes suíço.
O Sporting partiu então para a sua melhor fase e poderia ter chegado ao intervalo com uma vantagem de dois ou três golos, que se adequava melhor ao que se estava a passar.
Segunda parte bem mais fraca
O ritmo desceu bastante na segunda parte. Por incrível que pareça, o Zurique queimava tempo sempre que podia, feliz com a vantagem mínima (não alterou a postura nem quando passou a perder por dois) e os jogadores do Sporting perceberam que bastava manter um ritmo q.b. para aumentar a vantagem.
Sem surpresa, o 2-0 surgiu aos 58': um belo cabeceamento de Bojinov, após bela assistência de Capel. Por falar em Bojinov, este foi sem dúvida o seu melhor jogo ao serviço do Sporting. Um pouco mais mexido do que o habitual, percebe-se que o camisola 7 tem pormenores de craque. Falta-lhe no entanto algo essencial: condição física, que certamente não conseguirá ganhar esta época no Sporting, pois precisaria de jogar 8/10 jogos seguidos a titular.
Domingos poupou então as grandes estrelas da companhia que escaparam às lesões e que estavam a jogar - Capel, Van Wolfswinkel e Schaars - e deu oportunidade a Pereirinha, Rubio e André Santos. Os dois portugueses entraram muito bem e foram os grandes responsáveis pelos poucos momentos de animação até ao final da partida.
E quando o árbitro apitou, Marcelo Boeck deve ter suspirado de alívio: devia estar a morrer de frio, pois não teve absolutamente nada para fazer durante 90 minutos.
FICHA DE JOGO
Estádio: José de Alvalade, em Lisboa.
Sporting - Zurique, 2-0.
Ao intervalo, 1-0.
Marcadores: 1-0, Van Wolfswinkel, 15 minutos. 2-0, Bojinov, 58.
Sporting: Marcelo, João Pereira, Onyewu, Polga, Insua, André Martins, Schaars (André Santos, 68), Daniel Carriço, Capel (Pereirinha, 60), Bojinov e Van Wolfswinkel (Rúbio, 74).
(Suplentes: Tiago, Evaldo, Pereirinha, André Santos, Rúbio, Carlos Chaby e João Carlos).
Zurique: Leoni, Phillippe Koch, Raphael Koch, Jorge Teixeira, Magnin, Zouaghi, Aegerter (Mehmedi, 63), Nikci, Buff, Djuric (Schonbachler, 75) e Chikhaoui (Chermiti, 63). (Suplentes: Guatelli, Rodriguez, Chermiti, Barmtettler, Mehmedi, Schonbachler e Beda).
Árbitro: Peter Rasmussen (Dinamarca)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Buff (57), Zouaghi (85) e André Santos (90+2).
Assistência: 25.309 espetadores.
(Relvado)
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