O lateral do Sporting pisou um jogador da União de Leiria e o árbitro Manuel Mota não sancionou o lance, o que abre portas a um eventual processo da Comissão Disciplinar da Liga.
O defesa do Sporting João Pereira poderá ser alvo de um processo sumaríssimo devido ao lance com Patrick no jogo de domingo, contra a União de Leiria. Situação que está a causar a indignação dos sportinguistas, tanto mais quando o próximo jogo do campeonato é contra o Benfica.
A equipa de arbitragem de Manuel Mota não exibiu qualquer cartão ao lateral por ter pisado a perna do adversário brasileiro. Ora no Sporting teme-se que se possa "regressar ao tempo em que as imagens televisivas serviam para se ganharem campeonatos", conforme aponta o ex-dirigente de Alvalade, Miguel Salema Garção, em declarações à Rádio Renascença.
O ex-responsável leonino repara que se abrir um sumaríssimo a João Pereira "a Comissão Disciplinar da Liga tem muito que fazer", pois constata que "há casos já desta época com jogadores de clubes adversários", citando nomeadamente "Maxi Pereira, Javi Garcia e Luisão", atletas do Benfica.
Salema Garção recusa a ideia de que João Pereira é um atleta agressivo, preferindo apontar que é de "uma entrega total" e destaca que "é um dos escolhidos para envergar a braçadeira de capitão" pelo fato de a sua "conduta ser irrepreensível". "Um jogador que se entrega da forma como ele se entrega ao jogo, está a ser alvo de alguma perseguição", sustenta, constatando ainda que "não é de estranhar isto acontecer em vésperas de um Benfica-Sporting quando se nota uma equipa do Sporting em crescendo, que já deu mostras de ter condições de lutar pelo título e finalmente o renascer de uma esperança de uma massa adepta que começa a fazer comichão a muita gente", conclui.
(Relvado)
«Como capitão, João Pereira deve dar o exemplo» - Patrick
Médio do UD Leiria lamenta agressão de João Pereira e diz que lateral do Sporting deve ponderar atitude em campo.
«João Pereira é capitão e líder da equipa, por isso, deve dar o exemplo. Eu também sou capitão da minha equipa e tento agir o mais correctamente possível. Lamento o que aconteceu mas não guardo mágoas nem rancor», disse Patrick em declarações à TSF, afirmando que não houve nenhum desentendimento durante o jogo que justificasse o comportamento do internacional português.
«Fui apanhado de surpresa. Não fiquei com sequelas, mas é algo que não devia ter acontecido. Também não falámos depois do jogo. Foi uma atitude sem cabimento. Há situações que acontecem no calor do jogo mas não houve nada que levasse a isso. Eu estava no chão quando senti a pisadela e não me disse mais nada. Fui falar com o árbitro assistente, ele disse para continuar a jogar e não reclamei mais para não ser punido. Mas penso que o João Pereira deve pensar melhor as atitudes dentro do campo, para bem dele», prosseguiu o brasileiro, mostrando incrédulo por o árbitro assistente não ter visto a agressão.
(A Bola)
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